Neste ano, dei algumas braçadas mais para o fundo deste tema, sob orientação de um grande professor.
Sem dúvida nenhuma é uma honra poder assimilar um pouco do conhecimento do Marco, ele tem um feeling muito bom e é bem sensível às sutilidades dos ensinamentos e transmite isso muito bem, quem puder não perca a oportunidade de fazer um aprofundamento no tema com ele.
Daqui de meu singelo mural, vou, a partir deste post, inteirar aqueles que me leem nos temas que venho me aprimorando e estudando, vendo neles, pedras fundamentais que pavimentam a estrada da caminhada espiritual a partir de meu ponto de vista. Importante salientar que vou me embasando em outros autores, que não necessariamente estão ligados com a filosofia do yoga por sí só mas, a partir de minhas análise, fecho este elo entre estes grandes pensadores e a filosofia milenar. Esta dissertação ainda fermenta, logo, hora ou outra vou atualizar alguns dos temas já postados ou complementar em outros posts.
Parto do início, introduzindo minha idéia e vou seguindo com o tempo, procurando manter hyperlinks para fechar o todo numa unidade melhor conceituada!!
Uma boa leitura!!!!
Apresentação
De acordo com o texto referencial de Patañjali, os Yoga Sutras, a prática do Raja Yoga é orientada por oito partes complementares e integrais (ashtanga sádhana) que favorecem ao seu praticante avanços consideráveis em sua busca na caminhada espiritual a fim de atingir a unidade suprema com o todo.
Sua sistematização favoreceu a continuidade desta prática milenar através de sua difusão, aprimoramento e adaptação às realidades locais e culturais através dos tempos até os dias de hoje.
O sistema é tão eficiente que não só os praticantes mas, a prática, o Yoga em si evolui dia a dia, como uma entidade única que vive no tempo e com qualidades de um ser vivo.
Os Yoga Sutras estabelecem que, a prática eficiente se inicia através da observação de cada anga e estes seguem uma ordem muito inteligente que graduam de maneira artística a evolução da prática levando o praticante passo a passo a um nível maior de aprofundamento, sem desrespeitar suas condições físicas e mentais .
É notável a integração dos preceitos estabelecidos nos dois angas aqui apresentados pois cada um deles tem em si a observação dos outros, formando uma rede que tem a condição de apoiar em si o sádhaka que segue as orientações dos sutras de Patañjali. E também os oito angas se integram entre si, formando uma rede maior. Ora, isso lembra muito a teoria dos sistemas estabelecida por Bertalanffy que enxerga a vida como redes dentro de redes (citado em Capra, 1997) , é o Yoga integrado com a vida.
É interessante também observar a contradição das duas últimas observações feitas com relação à constituição dos angas, uma afirmando uma ordem gradual e outra atribuindo a característica de rede complementar, esta observação traz a luz diversos ensinamentos que podem ser aprofundados mais e mais e isso em si já é parte da caminhada pela estrada do Yoga.
Toda a dissertação foi escrita levando em consideração o estado meditativo como fim da prática. Isso foi feito intencionalmente a fim de melhor ajustar as idéias propostas ao foco de visão de minhas idéias porem é importante salientar que o estado meditativo é apenas uma etapa da prática e que esta não se finaliza nunca, Yoga é ferramenta de evolução pessoal e esta não tem um fim definido, vai até onde a pessoa pode ou quer.
Para finalizar, é importante salientar que a maior parte das idéias formuladas por mim tiveram como base a Teoria dos Sistemas, elaborada inicialmente por Bertalanffy e que deu início aos estudos e formulação da Teoria de Gaia por James Lovelock. Achei isso pertinente pois, sendo o Yoga a União, creio que as análises científicas propostas nestas teorias reafirmam o Yoga em nosso tempo e meio ambiente e enriquecem nosso conhecimento.
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